Como, exatamente, o fungo Moniliophthora perniciosa causa a vassoura-de-bruxa, a doença que devastou as plantações de cacau da Bahia? Dois grupos, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), conviveram com essa pergunta durante cinco anos. Primeiro verificaram que as folhas e frutos doentes apresentavam gás etileno, que acelera o apodrecimento em quantidades anormais. Depois as equipes de Gonçalo Pereira, da Unicamp, e Júlio Cascardo, da Uesc, encontraram e isolaram três proteínas do fungo associadas à indução da necrose e da produção de etileno na planta. Ganharam o nome de MpNEPs, sigla em inglês para proteínas de M. perniciosa indutoras de etileno e necrose, o termo técnico para podridão. Despejadas sobre uma folha de tabaco, essas proteínas simplesmente corroem a superfície sobre a qual se espalham. Os pesquisadores descobriram os genes que acionam a produção das MpNEPs, que se acumulam nos tecidos em crescimento dos ramos do cacaueiro. Esse estudo, a ser publicado na revista Mycological Research, esclarece mecanismos de desenvolvimento da doença e define um alvo claro a ser atacado. Os pesquisadores agora estudam a estrutura dessas proteínas para bloqueá-las, um artifício que ajudaria a conter a própria doença.
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